domingo, 22 de setembro de 2013

Gullar em Otto Ledoux


Por Germano Xavier

Existem pessoas que salvam um dia que tende ao desastre. E hoje foi assim. Minha vida “bonita” não daria nem um romance policial noir de quinta categoria, daqueles em que nada acontece na trama que nos deixem perplexos ou assustados ou ansiosos pelo final. Mas, como eu disse, existem certos tipos de pessoas que nos puxam o corpo, bem na hora do pêndulo que fulmina o balanço da derradeira hora, e nos estende o braço dizendo que “estou contigo, não vá”. Dia marcado pela imprestabilidade das ações e pelos votos esperançosos de que o dia de amanhã seja menos criminoso comigo. Improdução poderia ser a melhor palavra para um dia como o meu de hoje. Porém, potencialmente favorecido. É que fui agraciado com um livro do ano de 1976 que trazia na capa os seguintes dizeres: “toda a poesia de Augusto dos Anjos e um estudo crítico de Ferreira Gullar”, assim mesmo, com a inicial minúscula. E vocês ainda querem que eu escreva mais alguma coisa neste pobre diário? Poupem-me! Obrigado, Inês Guimarães.

2 comentários:

controvento-desinventora disse...

Sei exatamente o que é isso, pois quando cheguei em casa, hoje pela manhã, encontrei na caixa de correios:'Instruções para Salvar o Mundo' de Rosa Montero, presente inesperadamente esperado...

Letícia Palmeira disse...

É bom ter surpresas assim. Não recebo muitas. E também não recebo livros de presente. Quando quero um livro, eu mesma tenho que comprá-lo. Por um lado é bom. Porque eu posso escolher as capas. Por outro, não.