quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Um sonho


Por Germano Xavier

Sonhei. Sonhei e imaginei o meu futuro - pois que cada um possui um -, mágico e triunfante. Era apenas um sonho, mas era um sonho. E o meu sonho-instante cavalgou aventuras por mundos fantásticos, como se o meu transcendente pensamento fosse um sonho de algum "Pequeno Príncipe".

Precisei voar, por isso estive ao lado do Antoine, quando aquele pequeno avião beijou as areias do Saara. Depois de atingido por uma brutal tempestade de areia, por vez a mais clara metáfora da vida, montei no dorso do grande dragão branco, Fuchur, do Michael Ende, e me aventurei pelos universos da minha própria vida, com uma sandice alegórica, porém essencial, tal qual um engenhoso fidalgo da região espanhola da Mancha, que atendia pelo artificioso nome de Quixote.

E no meu ulular onírico, fui o próprio "Dom" de mim. Permiti-me o caminhar ao gosto do mais brando vento do norte.

Deixei-me, e fui.

Nesse ínterim, senti-me arrebatado, posto que era eu, senhor-tempo, o real proprietário dos castelos que criei...

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