terça-feira, 2 de agosto de 2011

De como a sombra traça almas de medo


Por Germano Xavier

alguém atrás da porta,
de uma morte dura, persiste
onde impera os atlânticos

nossos,

imensos em saudar agitações.
alguém,

que se estende sombra
desde o colosso tempo menino
até os órgãos de gelos perpétuos...

caminha, espumoso, porque se alcanço
a escorrida determinança de me ser,
depressa assanha minha lágrima serpente.

alguém atrás da porta, bate.
e surge sempre em me trair a fome
de me sentir brilhar certa dúvida
de luz.

chama a atenção, alguém atrás da porta.

alguém atrás da porta, continua.
e existirá,
sempre.

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