terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mar do peito


Por Germano Xavier

Para Natália Macedo,
neste dia 12 tão nosso.


águas de sal do mar,
águas de só, de sol,
botam roxos para irem embora.
em boa hora vão-se
os vãos nos desvãos, pelas mãos – o mundo -
dos mundos,
e nos fundos humanos
do homem, somem homens,
o homem implorando perdão.

dessa água deságua
minha dor vivida,
nossos lastros impedidos
de dizer os nãos nem tão límpidos,
em talvez brancos estes sins malditos.

de fronte a ti, ó mar,
rogo meus erros às tuas ondas
para que não morra em monte
em mim a brusca vontade de (a)mar.


São Luís, Maranhão, agosto de 2011.

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