quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Bolhas de Platispanto


Por Germano Xavier

ao Profº Kleyton Pereira,
que me fez ler Os Cavalinhos de Platiplanto, de J. J. Veiga.

dentro da bolha vamos
na estrutura do medo, prisioneiros
vamos levados a não querer ir...
mas por que querer desistir
agora
se não vamos tristes sobrevoando
o que não há nem será?
vamos esfregando as mãos, complacentes,
mendigando um rumor com motivo,
teimando uma idéia que pode não
vingar, mas vamos...
vamos como se tivéssemos de ir
simplesmente,
tendo em mente que nem sempre
chegar é o fim...

6 comentários:

Germano Viana Xavier disse...

Créito da imagem:

"Aquarela: Bolhas
by ~thaisalves"
DEviantart

LiteraCine disse...

"bubble dreams"! É isso, cada bolha um sonho, um caminho e a vontade de ir, ir e fazer mais bolhas, mais sonhos inquietos. Sempre temos nossso objeto de desejo, como diz Lacan. Se o desejo/sonho se vai, ou se o alcançamos, vem o vazio,o nó que não se entende.

Bom vim aqui.

Beijos, G.

ANGELICA LINS disse...

Eu achei fantástico! Da imagem, ao texto.
O medo paralisa. Mesmo com motivo de ir , ficamos. Tenho enfrentado os meus, mas eles se disfarçam e voltam. Não desisto! Vou seguir!

Beijo

CARLA STOPA disse...

IR é decisão...O caminho é descoberta...E chegar pode ser recomeço...Ciclo..

Izabel Lisboa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Izabel Lisboa disse...

Preciso aprender a lidar com isso! Decidi: voltarei a brincar de soprar bolhas de sabão! É uma delícia vê-las esplodirem e sumirem na minha frente! Depois te conto! Bejo!