terça-feira, 2 de novembro de 2010

Oaristo em madrigal


Teu gosto na minha boca
teu olhar no meu colo
nossos poemas entrelaçados
sem rima, sem remos...
poesia à deriva

páginas viradas
com dedo salivado,
a filosofia existencial
sussurrada nas entrelinhas
tocadas como cordas
de um instrumento mudo
clip under graund
dos nossos hits mais profundos

corpos textuais
espalhados entre livros-livres
escritos no silêncio
do pós-fácio
de um único Ato

uma pixação humana
sobre lençóis imaginados
adormecidos num hiato
balbuciam em sonho
sílabas de des-pe-di-das...
prá manter a conexão
num até...

Só Bataille traduz o dia seguinte.

Presenteado por Cláudia Lemos.

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